terça-feira, 26 de janeiro de 2016

estágio do curso de Psicopedagogia - Hora do Jogo Psicopedagógico

NOME: M.P.                                                                                                                                                   IDADE:8
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DATA:____/_____/________                                                                                                                            SESSÃO:__11___________________________________________________________________________________________
                                                                                                                                             RELATÓRIO

TEMÁTICA(S):

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DESCRIÇÃO DE ATENDIMENTO:

sessão  11 

Hora do Jogo Psicopedagógico

M.P.  se deparou com a caixa de brinquedos com diversos tipos de jogos e objetos de brincadeiras e atividades .
Se  empolgou e começou a brincar com tudo que tinha na caixa.
Deixei que ele explorasse bem a caixa, e houve  interesse pelo jogo cara a cara.
Montou quebra cabeças, bem fáceis, sem dificuldade.
Depois me ajudou a guardar tudo na caixa.
Criança gosta mesmo, é de brinquedo. Percebi que aprender brincando seria uma saída para os  educandos que escolhi diagnosticar.
  


Estágio do curso de psicopedagogia - Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem - EOCA

NOME:  M.P                                                                                                                                                                 IDADE:  8 anos
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DATA:____/_____/________                                                                                                              SESSÃO:4 ____________________________________________________________________________________________
                                                                                                                                             RELATÓRIO
TEMÁTICA(S):
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DESCRIÇÃO DE ATENDIMENTO: Sessão 4   Entrevista operativa Centrada na aprendizagem- EOCA
Com objetivo de estudar as manifestações cognitivas afetivo do conduto de M.P., que podem estar interferindo em seu processo de aprendizagem aplicamos o recurso de avaliação diagnóstica formulada pelo professor argentino Jorge Visca, intitulado de Entrevistas Operatória Centrada na Aprendizagem. EOCA.
No primeiro momento foi explicado o que seria feito, deixei sobre a  mesa, caixa de lápis de cor, giz de cera, lápis sem ponta, apontador, borracha e livro de história, tesoura, cola, régua, quebra cabeça,  jogo de memória, tinta.Esse material foi preparado, disse a ele, para você mostrar o que aprendeu na escola. Ele observou todo o material.
Disse a ele:
_ Me mostre  que lhe ensinaram a fazer e o que você  aprendeu na escola!
Pegou o lápis sem ponta e pediu o apontador, depois pegou o lápis de cor e pegou  outro lápis preto e com uma folha sulfite, começou a desenhar.
_ Professora, o que eu faço ¿
Eu disse:
_Gostaria que você desenhasse o que você aprende na escola todos os dias.
De novo, tive que ouvir,   que ele  não sabe desenhar, que tudo que ele faz é feio, e se não fosse minha insistência, não sairia nada nesta sessão.
Estimulei falando, que tal, você desenhar o que você encontra na sala de aula. Ele disse:
_ A lousa professora, é fácil.
Desenhou a lousa com lápis preto e em seguida sem eu falar nada,  começou desenhar as carteiras. Achei interessante, que neste caso, foi  alternativa própria.

Com o guache, ele ficou bem estimulado, desenhou uma lousa verde.  Sujou bem, tive que usar papel toalha para enxugar a água que  M.P. derrubou na mesa. Fez  dois  desenhos,  com o lápis preto,   com as tintas , disse que estava pronto.Frizei que tínhamos mais tempo,  ele aproveitou e ficou tranquilo. É notório que  o medo que o M.P. apresenta é uma frustração, pois ele não quis pegar os livros de leitura, devido a dificuldade de comunicação. Descobrimos que a professora o obriga a fazer letra cursiva, e ele não quer. Ela insiste, e alegou numa conversa, que é para melhorar sua coordenação motora. Sem comentários. 

estágio de psicopedagogia - Família Cinética

TEMÁTICA(S):
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DESCRIÇÃO DE ATENDIMENTO:


 6 sessão Família Cinética

Conversamos um pouco sobre sua família, e percebi um que a relação com os familiares é boa.
Pedi que desenhasse a família fazendo alguma atividade.
Disse-lhe:
Mas eu quero muito caprichado. Você consegue desenhar,  porque ele alegou que não sabia e não conseguiria.
Enfim, ele não abriu mão do lápis preto e desenhou sua família passeando num  parque.
Percebi, de novo, que ele fica incomodado quando as pessoas não entendem o que ele fala, o desenho bem ingênuo para sua idade.

estágio de psicopedagogia Testes de Piaget

TEMÁTICA(S):
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DESCRIÇÃO DE ATENDIMENTO: Jogos de Piaget.




1ª prova-
 Conservação de conjuntos.
Material:  10 círculos vermelhos, 10 círculos azuis.
O objetivo desta prova é avaliar a percepção de criança frente aos objetos de diferentes cores posicionadas em linhas paralelas.
Deste modo poderemos observar a noção de quantidade na visão da criança.
 Critérios de aplicação: Para tomar a prova atrativa para a criança é importante utilizar uma linguagem que seja compreensível aos seus padrões, por  exemplo, estórias infantis, brincadeiras, etc. Após esta introdução são colocados os círculos em sequência de cores:
M.P.,  escolheu alguns círculos, separou alguns, mas não concluiu a atividade.







2ª prova- Conservação da superfície

Material- 2 pranchas verdes retangulares de 20x25 cm, com 16 quadrados vermelhos de 4x4 cm, 2 vaquinhas.
O objetivo desta prova é avaliar a percepção da criança frente à quantidade de ração colocada e dois vasos diferentes.
Critérios  de avaliação- São montados dois vastos com uma vaquinha em cada, sendo que no primeiro a disposição da ração, em termos de quantidade, é diferente do segundo. Podem ser aplicados alguns termos lúdicos para melhorar a capacidade de entendimento da criança.

M.P. observou no início que havia animais e formas com cores.  

Estágio do curso de psicopedagogia - teste 5, 6 e 7





5ª prova : Conservação de Peso


O objetivo é avaliar qual entendimento da criança quando o assunto é peso.
Critério de aplicação: Utilizamos uma balança com dois pratos e figuras em massinha com cores diferentes, mudando sempre as formas para avaliar a compreensão de diferenciação de peso. Pedindo que a criança tente fazer com que as figuras tenham o mesmo peso.

M.P.entendeu que havia a mesma quantidade de massinha nas balanças. Não teve dificuldades ao ver 
as figuras. 

 NOME:  M.P                                                                                                                                                             IDADE: 8
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DATA:____/_____/________                                                                                                              
SESSÃO: _____________________________________________________________________________________________
                                                                                                                                             RELATÓRIO
TEMÁTICA(S):
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DESCRIÇÃO DE ATENDIMENTO: 
quantidades diferentes.Mesmo olhando que a balança não mudava  de altura dos dois lados.


6ª Prova- Conservação de Volumes
Materiais- copinhos de vidros.
O obejtivo é avaliar a capacidade da criança em se deparar com dois recipientes e tentar colocá-los com a mesma quantidade de líquidos.
 Critérios de aplicação- pedimos à criança que observasse a quantidade de água no recipiente A e 

logo em seguida tentasse colocar o mesmo volume no recipiente B.

M.P.. observou que havia quantidades diferentes. Achou muito interessante essa atividade, Adorou trabalhar com liquídos coloridos e, deixou cair um pouco sobre a mesa.



7ª prova- Conservação de comprimento
                                                                                          
Material – uma correntinha de 10 cm e outra de 15 cm.
O objetivo é perceber a noção de comprimento que a criança possui.
Critério de aplicação- Colocamos as duas correntinhas de tamanho diferentes, paralelas, sendo que Aé menor que B. A partir de uma história lúdica, pergunta-se a criança. Qual estradinha andariamos mais, em A ou em B¿
Na segunda figura utiliza o mesmo tamanho das correntinhas do exemplo anterior, só que desta vez, a disposição entre A e B são iguais. Faz-se uma nova pergunta. E agora onde a gente anda mais?
M.P. respondeu corretamente,  sempre com sua dificuldade de fala, tive dificuldades para entender o que ele queria expressar.  Considero estas atividades muito importantes para entender de forma lúdica, o  nível conhecimento realtivo a este tema.

Estágio do curso psicopedagogia

NOME: M.P..                                                                                                                                                                 IDADE: 8
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DATA:____/_____/________                                                                                                              SESSÃO:7 _____________________________________________________________________________________________
                                                                                                                                             RELATÓRIO
TEMÁTICA(S):
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DESCRIÇÃO DE ATENDIMENTO- Teste do Aprendente— par educativo.
 Sessão 7

M.P. chegou e eu fui logo incentivando, dizendo que seus desenhos eram bonitos e que eu gostava muito.
Eu disse:
_Faremos um desenho bem bonito de uma pessoa aprendendo alguma coisa.
Novamente, encontrei a cabeça baixa e a negação de que não sabia.

Insisti e ele  fez o desenho rapidamente.
Ele desenhou sua sala de aula, com o lápis preto e colocou seus amigos na cena.
Embora ele fique irritado sempre, por conta da comunicação, sua relação com os demais é boa.

Seus traços são bem infantis, com poucos detalhes, mas a rapidez com que desenha, me impressionou. 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Estágio de psciopedagogia, sessão 8

Ressalvo que os dados são reais, porém não podemos indicar o nome da criança, mesmo no estágio a ser entregue no curso.



TEMÁTICA(S):
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DESCRIÇÃO DE ATENDIMENTO
: Entrevista Familiar Exploratória Situacional.
 Sessão 8



C  P, teve problemas na gestação, por ganhar muito peso e ficar com 35 quilos a mais na gravidez, o que prejudicou, e acelerou o nascimento do M.
Ele é bem mais novo que sua irmã, que se casou,   e  o trata como filho.
Teve infância normal, foi amamentado , é saudável, teve desenvolvimento físico normal.
È uma criança  ativa, mas teve dificuldades  de comunicação.
 Fala corretamente poucas palavras, a maioria ele não consegue se expressar, e se fazer entender. A comunicação acontece por adivinhação.
Prefere atividades físicas e lúdicas,  está na fase silábica com valor sonoro, reconhece algumas letras, porém ainda não está alfabetizado.
Essa criança foi indicada pela Diretora, eu não soube que ela apresentava problemas de dislalia.
A professora do curso recomenda que os estágios sejam feitos com crianças sem problemas de fonaudiologia.

Estágio- Curso Psicopedagogia- sessão nove



 O estágio do curso de Psicopedagogia   é um instrumento de pesquisa maravilhoso, único e postarei 

algumas sessões, para direcionar suas pesquisas ou trabalhos que possam ajudar crianças.
 





NOME: M.P.                                                                                                                                                                  IDADE:8
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DATA:____/_____/________                                                                                                              SESSÃO:9 _________________________________________________________________________________________
                                                                                                                                             RELATÓRIO
TEMÁTICA(S):
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DESCRIÇÃO DE ATENDIMENTO: Teste de Coordenação Motora sessão 9

M.P  chegou curioso na sessão. A mesa estava diferente, com materiais dispostos na mesa, como canudos, barbantes em pedaços,  fios de lã coloridos e cola, tesoura, clipes, etc.
Ficou surpreso e disse:
_ Eba, vamos brincar, que legal, podemos fazer várias atividades.
Conversei e expliquei que ele deveria utilizar aqueles materiais para fazer atividades com linhas, curvas, bolas e o que mais ele queria.
Ele adorou a idéia e começou a montar imediatamente a atividade.
Percebi um certo interesse,  um pouco mais que as demais atividades.
Ele liberou sua imaginação,  ficou bem a vontade e senti uma certa familiaridade comigo.
Montou sua obra a seu jeito, sem dificuldades, mostrou habilidade e coordenação. motora adequada para a idade.
Gostou muito da atividade, e pediu para repetir.




TCC de PSICOPEDAGOGIA



PSICOPEDAGOGIA, UM ESTUDO SOBRE OS DESAFIOS DE APRENDER, LER E ESCREVER
              


Monografia apresentada à Faculdade  Mozarteum FAMOSP, requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional.
                                                                          

                                                                                   
                                                                                               















A Deus e a minha família, que me apoiam no meu aperfeiçoamento como docente e e como ser humano.
































Rinaldo Volpiani (in memoriam) foi um grande pai, meu grande inspirador.
























Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e na desgraça a qualidade.

Confúcio


RESUMO

                                                                                      
             Este trabalho apresenta pesquisas e algumas considerações sobre a Psicopedagogia e os desafios de aprender, ler e escrever, além de sua importância no desenvolvimento educacional. O objetivo é pesquisar sobre o sucesso e o fracasso escolar. Nesta pesquisa o fracasso escolar é entendido como uma situação em que se encontram determinados atores sociais nas sociedades contemporâneas, nas quais se tornou um problema também social e econômico, além de ser uma questão pedagógica e relacional.
            Utilizamos uma pesquisa qualitativa por meio de estudos, pesquisas numa bibliografia sobre o assunto.
            Os aspectos principais é pesquisar as causas, visto que, o fracasso e o sucesso não foram entendidos como fatos isolados, mas situações construídas ao longo da história institucional, cultural, social, relacional e pessoal dos alunos, cujos sentidos precisam ser explicitados.
            Essa pesquisa permite apresentar resultados que indicam a  importância e a contribuição do  trabalho do Psicopedagogo  para o pleno desenvolvimento do educando.










   

Palavras chave: Psicopedagogia,  Aprendizagem, Desenvolvimento, Contextos.

                                                    
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ABSTRATC

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This paper presents research and some considerations on the Psychology
 and the challenges of learning, reading and writing, as well a
s its importance in educational development. The goal is to research 
the success and school failure. In this research school failure is understood
 as a situation in which they are certain social actors in contemporary societies,
 in which became a problem also social and economic, as well as being a pedagogical 
and relational issue.
            We used a qualitative research through studies, 
research a bibliography on the subject.
            The main features is to research the causes, 
since the failure and success were not seen as isolated incidents,
 but situations built along the institutional history, cultural, social,
 relational and personal student, whose senses need to be made.
            This search allows you to display results that 
indicate the importance and Psicopedagógico the work of contributing to the full development of the student.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
Keywords: Psychology, Learning, Development, Contexts.
 

















SUMÁRIO

1 Introdução
.............
10
2 Histórico da Psicopedagogia
.............
11
3 A importância do Psicopedagogo na escola
.............
17
4 Visca postula que a Psicopedagogia
.............
23
5 Intervenção psicopedagógica preventiva institucional
.............
15
6 Metodologia
.............
22
7 Contribuições essenciais para o trabalho do psicopedagogo
.............
25
8 Fatores que influenciam o desenvolvimento humano
.............
26
9 O ambiente natural e o ambiente de desenvolvimento
.............
27
10 Problemas metodológicos inerentes ao estudo do desenvolvimento
.............
28
11 Questões importantes para o desenvolvimento
.............
30
12 Fatores que influenciam o desenvolvimento humano
............
31
13 Aspectos do desenvolvimento humano
............
31
14 os estilos de aprendizagem 
.............
32
15 Principais abordagens de ensino
.............
33
16 Conclusão
.............
42

.............


.............




Bibliografia
.............
43


INTRODUÇÃO





Os pesquisadores entenderam o fracasso escolar como uma situação em que se encontram determinados atores sociais nas sociedades contemporâneas, nas quais tornou-se um problema também social  e econômico, além de ser questão pedagógica e relacional. Nesse sentido, o fracasso e o sucesso não foram entendidos como fatos isolados, mas sim, como situações construídas ao longo da história institucional, cultural, social, relacional dos alunos, cujos sentidos precisavam ser explicitados. A pesquisa buscou identificar elementos objetivos e subjetivos que permitissem melhor compreender essas situações.
No que se refere ao conhecimento já disponível sobre o sucesso e o fracasso escolar, os pesquisadores entendem que alguns princípios já se encontram estabelecidos , como dentro e fora da escola , há desigualdade de classe, de sexo, de cultura, etnia e raça.
As desigualdades origina-se em bases materiais, financeiras, institucionais.
O objeto desta pesquisa é o combate ao fracasso escolar e requer uma atuação contra a desigualdade social, a miséria, a fome, entre outros. Teorias pedagógicas que desconhecem esses aspectos corre o risco de cumprir a função ideológica e mistificadora, dar a entender que o problema do fracasso seria resolvido se os alunos pobres e sua família se esforçassem. Entretanto essas bases não podem explicar tudo.
A desigualdade escolar repousa sobre bases sociais objetivas, mas produz os seus efeitos por intermédio de processos subjetivos. Não é porque o aluno é pobre que ele fracassa, mas sim por não estudar o suficiente.
A cadeia completa é, pobre luta para sobreviver, não estuda, fracassa.
O problema contemporâneo do sucesso e fracasso escolar inclui-se nessas tensões sociais estruturais e o que se refere à vida psíquica do sujeito. O aluno é, ao mesmo tempoe, indissociavelmente, humano, social, psíquico (CHARLOT,2000;2005).





1.            HISTÓRICO DA PSICOPEDAGOGIA.



Os primeiros Centros Psicopedagógicos foram fundados na Europa, em 1946, por J Boutonier e George Mauco, com direção médica e pedagógica. Estes centros uniam conhecimentos da área de Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam readaptar crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola ou no lar e atender crianças com dificuldades de aprendizagem apesar de serem  inteligentes(MERY apud BOSSA,2000,p.30).
Na França, surge George Mauco como fundador   do primeiro centro médico psicopedagógico onde se percebeu as primeiras tentativas de articulação entre Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e de aprendizagem (BOSSA,2000,p37).
Através dessa união, esperava-se conhecer a criança e o seu meio, para que fosse possível compreender o caso e determinar uma ação reeducadora, bem como diferenciar os que não aprendiam, apesar de serem inteligentes, ou daqueles que apresentavam alguma deficiência mental, física, ou sensorial.
A psicopedagogia teve uma trajetória significativa tendo inicialmente um caráter  médico pedagógico,  esta articulação acima citada influenciou significativamente a Argentina, onde aparece a figura de Alicia Fernández (apud Bossa, 2000,p.41).e Buenos Aires foi a primeira cidade a oferecer o curso.





                                     
O Brasil recebeu contribuições para o desenvolvimento da área psicopedagógica, de profissionais argentinos tais como: Sara Pain, Jacob Feldmann, Ana Maria Muniz, Jorge Visca, dentre outros.

A Psicopedagogia nasceu como ocupação empírica pela necessidade de atender as crianças com dificuldades na aprendizagem, cujas causas eram estudadas pela medicina e psicologia. Com o decorrer do tempo, o que inicialmente foi uma ação subsidiaria dessas disciplinas, perfilou-se com um conhecimento independente e complementar, possuidor de um objeto de estudo (o processo aprendizagem) e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios (VISCA, 1987, p. 7).

Na Argentina, a psicopedagoga tem um caráter diferenciado da Psicopedagogia no Brasil. São aplicados testes de uso corrente, “alguns dos quais não sendo permitidos aos brasileiros...” (Id., Ibid., p. 42), por ser considerado de uso exclusivo dos psicólogos (cf. BOSSA, p. 58).

Os instrumentos empregados são mais variados, recorrendo o psicopedagogo argentino, em geral, a provas de inteligência, provas de nível de pensamento; avaliação do nível pedagógico; avaliação; testes projetivos; testes psicomotores; hora do jogo psicopedagógico (Id., Ibid., 2000, p. 42).

Esperava-se através dessa união Psicologia - Psicanálise- Pedagogia, conhecer a criança e o seu meio, para que fosse possível compreender a dificuldade de aprendizagem para determinar uma ação reeducadora e, diferenciar os que não aprendiam, apesar de serem inteligentes, daqueles que apresentavam alguma deficiência mental, física ou sensorial.

Na literatura francesa – que, como vimos, influencia as ideias sobre Psicopedagogia na Argentina (a qual, por sua vez, influencia a práxis brasileira) – encontra-se, entre outros, os trabalhadores de Janine Mery, a psicopedagoga francesa que apresenta algumas considerações sobre o termo psicopedagogia e sobre a origem dessas ideias na Europa, e os trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico psicopedagógico na França (...), onde se percebeu as primeiras tentativas de articulação entre Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e de aprendizagem (BOSSA, 2000, p. 37).

No final do século XIX educadores, psiquiatras e neuro -psiquiatras preocupavam-se com as variantes que interferiam na aprendizagem e começaram a organizar novos métodos para a educação infantil, desde então originou-se a Psicopedagogia.

Nos Estados Unidos o movimento se desenrolava, porém a ênfase dada era maior nos aspectos médicos, dando um caráter biológico à abordagem das dificuldades de aprendizagem. Segundo Bossa (2000, p. 13):

As primeiras iniciativas para atender crianças com dificuldades de aprendizagem se deram na França, onde o atendimento era feito por profissionais da Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia. Na Argentina, a Psicopedagogia se torna atividade popular e rotineira, sendo desenvolvida na rede pública de ensino.

A Psicopedagogia no Brasil surge com a influência da Argentina, devido à proximidade geográfica e a presença de psicopedagogos ministrando cursos em nosso país. Na prática do psicopedagogo, ainda hoje é comum receber no consultório crianças que já foram examinadas por um médico, por indicação na escola. (Id., Ibid., 2000, p. 50). Para Bossa (2000, p. 23):

A Psicopedagogia nasceu de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem e se tornou uma área de estudo específica que busca conhecimentos em outros campos. Ocupa-se do processo de aprendizagem humana: seus padrões de desenvolvimento e a influência do meio nesse processo.

No Brasil os primeiros cursos e experiências psicopedagógicas surgiram na década de 70, cujas dificuldades de aprendizagem eram associadas a uma disfunção cerebral mínima (DCM).

A Psicopedagogia foi introduzida aqui no Brasil baseada nos modelos médicos de atuação e foi dentro desta concepção de problemas de aprendizagem que se iniciaram, a partir de 1970, cursos de formação de especialistas em Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto Alegre, com a duração de dois anos (Id., Ibid., 2000, p. 52). De acordo com Visca:

A Psicopedagogia foi inicialmente uma ação subsidiada da Medicina, da Psicologia, perfilando-se posteriormente como um conhecimento independente e complementar, possuída de um objeto de estudo, denominado de processo de aprendizagem, e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios (VISCA apud BOSSA, 2000, p. 21)

Com esta visão de uma formação independente, porém, complementar, destas duas áreas, o Brasil recebeu contribuições para o desenvolvimento da área psicopedagógica, de profissionais argentinos. Temos o professor argentino Jorge Visca como um dos maiores contribuintes da difusão psicopedagógica no Brasil. Visca propõe o trabalho com a aprendizagem utilizando-se de uma confluência dos achados teóricos da escola de Genebra, em que o objeto de estudo são os níveis de inteligência, com as teorizações da psicanálise sobre as manifestações emocionais que representam seu interesse predominante (VISCA, 1991, p. 66).

Visca implantou CEP’s no Rio de Janeiro, São Paulo, capital e Campinas, Foz do Iguaçu e muitos outros (cf. BARBOSA, 2002, p. 14)




Sampaio confirma que o Brasil recebeu influências tanto americanas, quanto européias, através da Argentina. Para Bossa (2000, p. 18):

A Psicopedagogia no Brasil, há trinta anos, vem desenvolvendo um quadro teórico próprio. É uma nova área de conhecimento, que traz em si as origens e contradições de uma atuação interdisciplinar, necessitando de muita reflexão teórica e pesquisa.
De acordo com Bossa e Alves, a Psicopedagogia é um campo no qual floresceu o conceito de sujeito autor, é uma área de estudo interdisciplinar que olha para o sujeito como um todo no contexto no qual está inserido, que estuda os caminhos do sujeito que aprende, adquire, elabora e transforma um saber o conhecimento, levando em conta as realidades interna e externa da aprendizagem, tomadas em conjunto. Ainda conforme os autores, a Psicopedagogia é um corpo de conhecimentos estruturada de diferentes maneiras, se ocupa da aprendizagem humana: como se aprende, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las.

No Brasil, de início, a prática psicopedagógica estava restrita aos consultórios e às clinicas onde eram tratadas individualmente as crianças com problemas de aprendizagem – após cuidadoso diagnóstico, fazia-se a intervenção com o objetivo de devolver no sujeito o desejo e a possibilidade de aprender.

Atualmente, o espaço para a Psicopedagogia se amplia. Cresce o número de instituições escolares, hospitais e empresas que contam com a atuação do psicopedagogo. Ele houve e discute os assuntos da escola, propõe mudanças, elabora propostas educativas, aprimora e cria metodologias e estratégias que garantem melhor aprendizagem, colabora na formação dos professores, possibilitando a ampliação de seus conhecimentos sobre o aluno. Nas instituições de saúde, o atendimento psicopedagógico se faz como uma alternativa de apoio ao paciente interno visando diminuir o impacto causado pela doença. Nas empresas, o psicopedagogo atua desenvolvendo criatividade e a melhoria das relações, no desenvolvimento e avaliação de projetos, propondo e coordenando cursos de atualização. A Psicopedagogia cresce, constituindo seu próprio saber teórico.



A  Psicopedagogia desde a década de 60, para tentar auxiliar o grande número de crianças que apresentava fracassos escolares, com o intuito de avaliar, observar, investigar, qual realmente a necessidade das crianças e seus anseios frente à escola ou mesmo a família.
            Conforme Bossa, “A Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem...” (BOSSA, 2000, p. 23).
Sendo a escola responsável por grande parte da formação de cidadãos, o psicopedagogo junto às instituições tem caráter de prevenir, ou seja, procurar sempre que possível criar habilidades e competências para a solução de eventuais problemas.
No âmbito do trabalho preventivo cabe ao psicopedagogo auxiliar o grupo pedagógico e esclarecer as áreas que refletem na aprendizagem escolar tais como: linguagem, cognitivo, afetivo, emocional, motor para que juntos organize atividades dando oportunidade de aprendizagem a todos de forma integral observando sempre o nível no qual o aluno encontra-se.
Já o trabalho clínico tem por finalidade não apenas buscar compreender o porquê da criança estar apresentando tal dificuldade de aprendizagem, mas o que caracteriza essa dificuldade? O que pode aprender? E como aprende?
Conforme Weiss (2003) “O objetivo básico do diagnóstico psicopedagógico é identificar os desvios e os obstáculos básicos no modelo de aprendizagem do sujeito que impedem de crescer na aprendizagem dentro do esperado pelo meio social” (2003, p. 32).
Partindo então do diagnóstico, onde nesse momento se faz a leitura da realidade da criança para que se possa proceder com a intervenção e se possa proceder com o encaminhamento caso acha necessidade.

A Psicopedagogia é:
 “É uma nova área de conhecimento, que traz em si as origens e contradições de uma atuação interdisciplinar, necessitando de muita reflexão teórica e pesquisa” (BOSSA, op.cit, p.13).
A Psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, o que adveio de uma demanda – o problema de aprendizagem, colocando num território pouco explorado, situado além dos limites da Psicologia e da própria Pedagogia e evolui devido a existência de recursos, para atender esta demanda, constituindo-se assim, numa prática. Como se preocupa com o problema de aprendizagem, deve ocupar-se inicialmente do processo de aprendizagem. Portanto vemos que a Psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana: como se aprende, como esta aprendizagem varia evolutivamente está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. Este objeto de estudo, que é um sujeito a ser estudado por outro sujeito, adquire características específicas a depender do trabalho clínico ou preventivo (Idem, p. 21).
Sendo assim a Psicopedagogia veio para melhor comprometida na transformação da realidade escolar, possibilitando a análise reflexiva junto ao grupo pedagógico, com a intenção de superar os obstáculos que se interpõem, sendo colaboradora na transformação e no progresso da humanidade.


                 


               

A importância do psicopedagogo na escola

Qualquer escola precisa ser organizada sempre em função da melhor possibilidade de ensino e ser permanentemente questionada para que seus próprios conflitos não resolvidos, não apareçam nas salas de aula sob a forma de distorções do próprio ensino. Nessas situações fica o aluno (o aprendente) como depositário desses conflitos e consequentemente, apresenta perturbações em seu processo de aprendizagem (BLEGER, 1960, apud WEISS, 2004, p.19).

Faz necessário um trabalho preventivo do psicopedagogo escolar onde esse irá assumir o papel de mediador criando competência e habilidade educativa de forma geral, com a preocupação em ampliar espaços de escritas não somente com a equipe escolar como também com a família.
Embora seja pouco valorizado o psicopedagogo tem um papel fundamental na escola, onde através da prevenção e de capacitações irá reconhecer e valorizar o professor e o aluno indo além dos muros, resgatando a cidadania prevalecendo sempre o respeito e a ética. Conforme Beauclair “... a psicopedagogia amplia referenciais e se propõe a interrogar, pesquisar, e propor alternativas   para tal, buscando nos aspectos sociais, familiares , cognitivos, intelectuais, emocionais.Através das brincadeiras e diferentes métodos, o psicopedagogo irá fazer a intervenção, com o objetivo de sempre poder contribuir na solução das dificuldades. 
Faz-se necessário estimular as crianças para que façam uso de sua imaginação podendo: dialogar, criar, inventar, etc., para que através de diversas descobertas concretas, venham a desenvolver a sua auto estima e o senso crítico, tornando as mais confiantes no seu dia a dia.
Sendo de suma importância o psicopedagogo na escola, onde este irá contribuir para o melhor desenvolvimento e desempenho de todos e compreender como ensinar supõe seu significado e a extensão de sua organização, de seu desenvolvimento e de sua avaliação. Em outras palavras, supõem compreender que a escola, para cumprir a sua função pedagógica explicita de transmitir um saber científico sobre o mundo que organiza, desenvolve e avalia o ensino por meio de ações implícitas que são estabelecidas entre os elementos envolvidos ao principal foco o sujeito. Sujeito que pensa, sente, inquieta-se e deseja, na busca constante de novos saberes.
 Onde através de trocas de experiências favorecerá a interação e se precisar fornecerá orientações metodológicas verificando sempre a necessidade do grupo.
Por tanto a ação do psicopedagogo deverá sempre ser em conjunto, onde deverá respeitar a singularidade de cada um e lidar com as possíveis resistências.Sendo assim, jamais a ação do psicopedagogo poderá ser isolada, pois este não é o dono do saber e o maior objetivo da psicopedagogia é poder: somar, multiplicar e dividir os conhecimentos para ampliar a produção onde irá envolver as competências, cognitivas, transformando não só a escola como também a família.















  Visca postula que a Psicopedagogia

Nasceu como ocupação empírica pela necessidade de atender as crianças com dificuldades na aprendizagem, cujas causas eram estudadas pela medicina e psicologia. Com o decorrer do tempo, o que inicialmente foi uma ação subsidiaria dessas disciplinas, perfilou-se com um conhecimento independente e complementar, possuidor de um objeto de estudo (o processo aprendizagem) e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios (VISCA, 1987, p. 7).             
Sendo a escola responsável por grande parte da formação de cidadãos, o psicopedagogo junto às instituições tem caráter de prevenir, ou seja, procurar sempre que possível criar habilidades e competências para a solução de eventuais problemas.
No âmbito do trabalho preventivo cabe ao psicopedagogo auxiliar o grupo pedagógico e esclarecer as áreas que refletem na aprendizagem escolar tais como: linguagem, cognitivo, afetivo, emocional, motor para que juntos organize atividades dando oportunidade de aprendizagem a todos de forma integral observando sempre o nível no qual o aluno encontra-se.
Já o trabalho clínico tem por finalidade não apenas buscar compreender o porquê da criança estar apresentando tal dificuldade de aprendizagem, mas o que caracteriza essa dificuldade? O que pode aprender? E como aprende?
Conforme Weiss (2003) “O objetivo básico do diagnóstico psicopedagógico é identificar os desvios e os obstáculos básicos no modelo de aprendizagem do sujeito que impedem de crescer na aprendizagem dentro do esperado pelo meio social” (2003, p. 32).
Partindo então do diagnóstico, onde nesse momento se faz a leitura da realidade da criança para que se possa proceder com a intervenção e se possa proceder com o encaminhamento caso acha necessidade.
De acordo que verifiquei neste trabalho onde nos é apresentado que a Psicopedagogia é:
 “É uma nova área de conhecimento, que traz em si as origens e contradições de uma atuação interdisciplinar, necessitando de muita reflexão teórica e pesquisa” (BOSSA, op.cit, p.13).
A Psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, o que adveio de uma demanda – o problema de aprendizagem, colocando num território pouco explorado, situado além dos limites da Psicologia e da própria Pedagogia e evolui devido a existência de recursos, para atender esta demanda, constituindo-se assim, numa prática. Como se preocupa com o problema de aprendizagem, deve ocupar-se inicialmente do processo de aprendizagem. Portanto vemos que a Psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana: como se aprende, como esta aprendizagem varia evolutivamente está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. Este objeto de estudo, que é um sujeito a ser estudado por outro sujeito, adquire características específicas a depender do trabalho clínico ou preventivo (Idem, p. 21).
Sendo assim a Psicopedagogia veio para melhor comprometida na transformação da realidade escolar, possibilitando a análise reflexiva junto ao grupo pedagógico, com a intenção de superar os obstáculos que se interpõem, sendo colaboradora na transformação e no progresso da humanidade.


Intervenção psicopedagógica preventiva institucional   



Bossa (2000) propõe três níveis de intervenção psicopedagógica.
No primeiro nível, o psicopedagogo atuaria junto aos processos educativos visando evitar os possíveis problemas de aprendizagem. Para tanto, se propõe que se considere as questões didpatico-pedagógicas, e também a formação e orientação de professores, além do aconselhamento aos pais.
No segundo nível, a finalidade está em reduzir e  tratar os problemas de aprendizagem, com uma proposta de de elaboração de um diagnóstico da realidade institucional, com a elaboração de planos de intervenções.
No terceiro nível, o objetivo consiste na eliminação de transtornos instalados, com caráter preventivo, para evitar o aparecimento  de outros problemas, e minimizar as decorrências dos problemas, e prevenir o surgimento de consequências. 
Fagali e Vale (1994) propõe alternativas como a revisão de programas curriculares  das instituições,  a articulação dos mesmos aos aspectos afetivo- cognitivos, .bem como a forma de trabalhar os conteúdos programáticos, a elaboração de diversos materiais para uso do próprio aluno de forma a integrar o raciocínio, a afetividade, a cognição, o conhecimento.
A intervenção pedagógica preventiva, toma como referencial a ação curricular e os aspectos afetivo-cognitivos dos aprendizes, se torna evidente a necessidade do desenvolvimento de práticas que sensibilizam os docentes sobre reflexão crítica de concepções de educação; organização e seleção de conteúdos de ensino, metodologia e avaliação.
Tudo isso enfatizando a importância de se considerar os vínculos afetivos - emocionais, como possíveis elementos facilitadores do processo ensino aprendizagem.
A etapa de avaliar, ou seja, a avaliação psicopedagógica deverá anteceder a toda e qualquer proposta de intervenção, seja clínica ou institucional.
As avaliações deverão considerar as atitudes do educando ao assistirem as aulas, durante os intervalos e recreios, nas atividades extra classe, nos relacionamentos, com os colegas e demais atores da escola.
Devem considerar também, a adequação dos materiais didáticos, a proposta pedagógica, da metodologia, da avaliação, associadas as entrevistas com professores.
No Brasil os recursos mais utilizados, têm sido entrevistas, as observações, os inventários, as pesquisas, as dinâmicas grupais e em especial os jogos pedagógicos.
Contudo a ação psicopedagógica preventiva deverá considerar a subjetividade do aluno, bem como, as particularidades de cada situação, além dos fatores que a permeiam.



Objetivos  de professores que também são psicopedagogos.

1-    Caracterizar o professor -psicopedagogo, a partir de alguns dados pessoais.
2-    Identificar a instituição em que estes  professores estão atuando;
3-    Descrever a prática cotidiana do professor- psicopedagogo;
4-    Verificar a opinião dos entrevistados sobre influências da formação inicial na prática psicopedagógica;
5-    Verificar os trabalhos de intervenção psicopedagógica preventiva e os procedimentos de diagnósticos mais utilizados;
6-    Descrever as propostas de intervenção psicopedagógica considerada como bem sucedida;
7-    Identificar, segundo os participantes, as contribuições da psicopedagogia institucional preventiva, os seus desafios e suas sugestões, para obtenção de melhorias na prática psicopedagógica.


Metodologia

Visando atingir os objetivos propostos, o ideal é buscar uma trajetória metodológica, dos relatos e das ações, descrever limites e as possibilidades da prática cotidiana do professor psicopedagogo.
Necessário é usar como referencial, um questionário semi estruturado, além da análise qualitativa para os dados obtidos.
São pré-testes  com dois psicopedagogos, para validar o instrumento.

Partindo do referencial de que os professores –psicopedagogos utilizam nas aulas práticas, materiais concretos, recorremos a Lorenzatto(2006), que se refere aos materiais concretos como recursos didáticos que agem diretamente no processo de ensino e aprendizagem  e ressaltar a importância de um trabalho com uma grande variedade de materiais concretos. Bem como a exploração de atividades diversas com um mesmo tipo de
Visca apoiada em sólidos referenciais teóricos e que ao exercê-la, não se limite ao ensino  de língua portuguesa e matemática.
Outras ações pesquisadas e consideradas importantes são a escolha do material didático, não como o principal instrumento , mas que o docente tenha a sensibilidade de trabalhar diferentes materiais e diversos procedimentos metodológicos.
A avaliação diagnóstica, utilizada para situar o aluno, frente as diferentes áreas de conhecimento, tornando a aprendizagem mais real e significativa.
Visca (2002) se refere a psicopedagogia, como uma área de conhecimento que favorece inter-relações com outras áreas, não deverá se prender somente a busca de respostas que envolvam a questão cognitiva, mas na interação dos vários fatores, dentre eles os de origem cognitiva, afetiva, emocional, social, familiar, neurológica, que estão as respostas mais precisas e coerentes ás questões de aprendizagem.
Uma tendência é utilizar jogos  como um dos recursos mais utilizados para o diagnóstico visando um trabalho preventivo.
Além de brincadeiras, os desenhos, as produções escolares, os questionários para entrevistas coma família, a observação, o olhar e a escuta psicopedagógica, o inventário com os registros dos dados.
Outros procedimentos citados como atividades lúdicas, atividades de matemática, representações, dramatização, desenho, brincadeiras, entrevistas com os alunos e a observação e a avaliação dinâmica do potencial da aprendizagem LPAD, proposto por Reuven Feuertein, se refere Programa de Enriquecimento Curricular, PEI, que dentre outras questões compreende um trabalho de avaliação do potencial cognitivo.
Alguns lançam vários procedimentos como notícias de jornais e revistas; atividades que envolvem o uso da visão, da audição, de coordenação motora grossa e fina; histórias clássicas e em quadrinhos.
Segundo Rubinstains e colaboradores (2004), as práticas avaliativas e de intervenção psicopedagógica são extremamente variadas no Brasil, uma vez que os psicopedagogos ancorados em suas formações, em seus referenciais teóricos, desenvolveram um estilo próprio de avaliações e intervenção pedagógica.
Explicitam que apesar das particularidades, podemos encontrar pontos comuns na prática psicopedagógica brasileira.
As pesquisas de educadores franceses Hétu e Carbonneuau (2002), que dentre outras questões apontam que uma das atuais contribuições da psicopedagogia institucional reside em auxiliar na reflexão individual e do grupo, sobre a prática dos docentes e sobre a adequação e diversidade dos projetos da instituição. Essa diversidade se refere aos projetos institucionais, objetivos esperados, interesses e necessidades dos alunos, seus possíveis limites e suas possibilidades, seus vínculos afetivos, emocionais, familiares e mais recentemente as situações de violência por eles enfrentados.
A coerência entre a teoria e a prática, é o elemento essencial que irá fundamentar as ações psicopedagógicas. Isto talvez se constitua em um dos maiores desafios da psicopedagogia, resgatar a concepção de educação e sensibilizá-lo para sua importância no trabalho de diagnóstico e intervenção junto a seus alunos.
Um dos fatores não citados nesta pesquisa é o excessivo número de alunos por sala de aula, é uma queixa de se fazer uma trabalho de melhor qualidade.


















CONTRIBUIÇÕES ESSENCIAIS PARA O TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO



1-    Os cursos de especialização em psicopedagogia passem a considerar uma proposta voltada o trabalho do professor psicopedagogo, investindo na preparação de seus alunos também para este tipo de atuação.
2-    Os professores psicopedagogos sejam incentivados a construir instrumentos  próprios para uma melhor investigação das situações apontadas como dificuldades no processo de ensino aprendizagem. Esses instrumentos deveriam considerar a proposta pedagógica da escola, o material didático, o próprio trabalho do professor psicopedagogo, as expectativas do aluno, da família, os relacionamentos familiares, a estabilidade afetivo emocional.
3-    A auto avaliação da própria atuação dos professores psicopedagogos seja uma prática constante, assim como a realização de atividades que desenvolvem construção e a formação da autonomia e de um auto conceito positivo por parte do aluno.
4-    A atuação do professor psicopedagogo seja registrada em fóruns especiais, produzindo material cientificamente qualificado, com consequente aumento nas publicações.











FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO


O entendimento de traços psicológicos humanos como produto e instrumento da seleção natural tem implicações conceituais e metodológicas e torna necessária uma investigação que leve em conta mais do que as variáveis envolvidas na história específica de desenvolvimento individual. Altera-se a concepção do que seja o ambiente ideal de desenvolvimento, uma vez que, sendo assim, ele deve ser pensado à luz da natureza humana.
 Se a criança for concebida como apta a uma aprendizagem generalizada, a escola pode ser planejada de uma maneira; se for compreendida como tendo predisposições naturais para aprender de modo predeterminado, com períodos sensíveis e inserida dentro de um contexto sócio-afetivo, a escola deve ser organizada de modo a atender a estas características infantis. Ganham importância os estudos comparativos entre espécies e entre os vários grupos culturais humanos, na medida que podem elucidar origens evolutivas e abrir os olhos do investigador para hipóteses a respeito da funcionalidade adaptativa e dos fatores determinantes do desenvolvimento ontogenético.
 Deve se notar que a perspectiva modifica os estudos de desenvolvimento em si mesmos, na medida em que outros tipos de recorte e de hipóteses explicativas devam entrar em ação (Bussab, 1996). Cada um destes tópicos permite elaborações e desdobramentos, o que será apresentado a seguir. Sempre que for o caso, serão utilizados exemplos relacionados à origem e ao desenvolvimento das vinculações afetivas.
O traço humano do apego presta-se a estas considerações pois, desde as investigações clássicas de Bowlby (1969/1984), vem sendo evidenciado como um impulso primário, para o qual crianças e adultos apresentam predisposições naturais típicas. Estudos filogenéticos e comparativos têm também fornecido indicadores compatíveis com esta ideia.






O AMBIENTE NATURAL E O AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO



A consideração do ambiente evolucionário natural em que o comportamento foi selecionado assume papel importante, na medida em que esse abriga as condições que foram essenciais para a evolução e que são essenciais para o desenvolvimento do traço. O ambiente natural abrange mais do que o ambiente físico; a bem da verdade, no caso humano, é formado de modo essencial pelo grupo social, constituindo-se num ambiente ao mesmo tempo social, afetivo e cultural. Em decorrência da perspectiva evolucionária, possíveis contrastes do ambiente natural com o ambiente atual de desenvolvimento do indivíduo devem ser considerados cuidadosamente. Esta concepção torna mais complexo o conceito de adequação do ambiente: melhor dizendo, exige a busca da lógica evolutiva e não a aplicação de qualquer outra. Modifica também a ideia de ajustamento individual.
 O modo de vida caçador- coletor predominou por mais de 99 por cento da evolução humana; pode, por este motivo, ser considerado o berço evolutivo do Homo Sapiens, ou seja, o contexto no qual o homem moderno foi selecionado e para o qual exibe adaptações naturais.
 Daí o interesse nos escassos estudo das sociedades caçadoras coletoras contemporâneas. Por exemplo, os estudos sobre o desenvolvimento de apego entre estes povos são bastante sugestivos da rede afetiva humana básica, das condições ontogenéticas e do valor adaptativo do apego (Bruner, 1976, Konner, 1981; Sorenson, 1979). A criança convive intensamente com um grupo social estável, uma família estendida de cerca de 30 pessoas, e tem, de sobra, oportunidades de interação social, de estabelecimento de vínculos e de brincadeira exploratória com acesso direto ao mundo adulto.



PROBLEMAS METODOLÓGICOS INERENTES AOS ESTUDOS DO DESENVOLVIMENTO


 A questão do estabelecimento do estilo de apego dá margem para uma série de discussões ilustrativas de problemas metodológicos no contexto de uma abordagem interacionista. Desde os trabalhos clássicos de Ainsworth (1982), tem sido demonstrado que um apego seguro depende de um grau ótimo de estimulação interativa , de um parceiro previsível, contingente e ajustado. Tem sido irresistível para os estudiosos do desenvolvimento do apego atribuir uma relação causal entre o tipo de relacionamento mãe, bebê nos primeiros meses e o estilo de apego da criança a partir do primeiro ano -, com base nas correlações significativas que têm sido constatadas. Inúmeras pesquisas têm demonstrado que o tipo de apego, seguro ou inseguro, depende da sensibilidade da mãe aos sinais do bebê (como por exemplo, Pederson, Moran, Sitko & Campbell, 1990) e do ajuste interacional ou sincronia mãe-bebê (como por exemplo, Isabela & Belsky, 1991). Apesar da maciça demonstração, este indicador tem comportado algumas críticas. Algumas delas com base na ambigüidade intrínseca das correlações. Harris (1998) elabora uma crítica severa à interpretação dos estudos correlacionais característicos da área de desenvolvimento, especialmente com base na desconsideração de fatores hereditários presentes na criança. Comenta, por exemplo, que a aparente falta de envolvimento das mães de crianças autistas, em geral vista como causa, poderia ser uma consequência das características da criança de origem genética.
 De um modo geral, diferenças nos comportamentos sociais das crianças têm sido entendidas como decorrentes de diferenças nos cuidados dos pais (Eckerman, 1996). Evidentemente, tais interpretações têm se apoiado em resultados estatísticos de correlações significativas. Embora o dado correlacional não acarrete nenhuma indicação de direcionalidade do efeito, tem parecido quase óbvio que o tipo de tratamento recebido dos pais seja o fator mais relevante na determinação do desenvolvimento. São mais recentes as pesquisas com recém nascidos, reveladoras, por exemplo, da importância adicional do temperamento da criança, que poderia representar um fator explicativo alternativo. Os riscos destas análises estão relacionados a: 1) prevalecimento da explicação mais em voga, sem levar em conta hipóteses alternativas compatíveis com os mesmos resultados; 2) valorização dos resultados favoráveis e desconsideração dos resultados inconsistentes com a hipótese em questão, sendo estes últimos facilmente atribuíveis a problemas metodológicos. O estudioso do desenvolvimento está muitas vezes confinado a análises correlacionais que podem ser esclarecedoras do fenômeno.
 A rigor, contudo, necessita disciplinar-se no exercício de investigar as diversas explicações possíveis e de se aprofundar na análise de inconsistência de resultados, seja dentro de sua própria pesquisa, seja entre diferentes investigações. A consideração de alguns resultados inconsistentes tem levado a uma investigação mais sistemática do efeito de outros fatores, tais como o temperamento do bebê e as características emocionais da mãe (como por exemplo, em Mangelsdorf, Gunnar, Kestenbaum, Lang & Andreas, 1990).
 Finalmente, o desenvolvimento do apego passou a ser concebido como um processo de regulação mútua, embora ainda assim assimétrica (Maccoby, 1991). Durante algum tempo, superestimou-se o papel do adulto, apesar do reconhecimento já bem estabelecido do bebê como um parceiro ativo nas trocas interacionais que culminam com o estabelecimento do apego. Mas pode ser um erro, corrigir esta tendência, atenuando excessivamente este papel.











QUESTÕES IMPORTANTES PARA O DESENVOLVIMENTO




Três questões importantes dizem respeito à natureza do desenvolvimento.

1-    O desenvolvimento ocorre através da acumulação gradual de conhecimentos ou por turnos de uma fase de reflexão para o outro.
2-    Outra questão diz respeito, a saber, se as crianças nascem com conhecimento inato ou valor as coisas através da experiência.
3-    Uma terceira área diz respeito a investigação e análise de contexto social que afetam o desenvolvimento.


FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO
HUMANO

Vários fatores não associaodos e em constante interação afetam todos os aspectos do desenvolvimento, são eles:

1-    Hereditariedade- a carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não se desenvolver.
2-    Crescimento orgânico- refere-se ao aspecto físico.
3-    Maturação neurofisiológica- é o que torna possível determinado padrão de comportamento.
4-    Meio – o conjunto de influências e estimulações ambientais que alteram os padrões de comportamento do indivíduo.


ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO



O desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade, mas para efeitos de estudo, tem sido abordado a partir de quatro aspectos básicos que se relacionam permanentemente.

1-   Aspectos físico motor- refere-se ao crescimento orgânico, á maturação neurofisiológica, à capacidade de manipulação  de objetos  e de exercícios do próprio corpo.
2-   Aspecto intelectual- é a capacidade de pensamento e raciocínio.ex a criança que puxa um brinquedo com um cabo de vassoura, embaixo de um móvel.
3-   Aspecto afetivo - emocional-  é o modo particular de o indivíduo integrar suas experiências. É sentir a sexualidade fazendo parte desse aspecto.
4-   Aspecto social – É a maneira como o indivíduo reage diante das situações
que envolvem  outras pessoas.
Ex em um grupo de crianças no parque, é possível observar algumas que espontaneamente buscam outras para brincar, e algumas que permanecem sozinhas.










A aprendizagem é um processo pessoal, gradual e interativo.


Os estilos de aprendizagem

São maneiras que uma pessoa utiliza para conseguir aprender o que lhe é proposto. Tais estilos são únicos e pessoais, pois cada pessoa apresenta facilidade com um determinado estilo e dificuldade em outros.
São sete os estilos de aprendizagem identificados:

1-- aprendizagem física,
2-  interpessoal,
3 - intrapessoal,
4- linguística,
5- matemática,
6- musical ,
7- visual.
 A aprendizagem física pode ser realizada através de movimentos corporais como em recitais e teatros. A aprendizagem interpessoal pode ser realizada através de assuntos voltados para o meio externo como forma de estímulo. A aprendizagem intrapessoal pode ser realizada através de atividades individuais que exigem concentração para se pensar numa atitude antes de tê-la. A aprendizagem linguística pode ser realizada através de leituras e explicações faladas. A aprendizagem matemática pode ser realizada através de raciocínios lógicos e critérios impessoais. A aprendizagem musical pode ser realizada através de tópicos que utilizam a música e sons diferentes. A aprendizagem visual pode ser realizada através da iniciação à imagens, pinturas e tudo aquilo que instiga a visão.
Pensando nesses estilos de aprendizagem deve-se detectar o estilo de cada aluno dentro de uma sala de aula para que estes possam desenvolver-se e entender o que está sendo proposto de maneira mais fácil.
 Esses estilos de aprendizagem justificam a utilização de música, dança, encenações, jogos, atividades extraclasse no processo de ensino, pois deve-se buscar a identificação de cada aluno em determinadas atividades para que seja destacada a sua habilidade e seu estilo de aprendizagem.





PRINCIPAIS ABORDAGENS DE ENSINO


ABORDAGEM OBJETIVISTA

As informações são apresentadas aos alunos pelos professores .
Há ênfase no diretivismoe em decisões tomadas para o aluno. O conteúdo a ser ensinado é transmitido e visa objetivos e habilidades que levem a competência.
Os alunos são tidos como produtos do meio e são reativos a ele.

Devem ser capazes de repetir as informações transmitidas, evidenciando ao professor o seu aprendizado. Reconhece –se a funcionalidade do reforço positivo a cada passo do aluno, fornecendo feedback e elogios a cada acerto no sentido de modelar seu comportamento para o propósito educacional que se deseja atingir.
            Assim como percebe-se que a possibilidade de punição influencia em muito as atitudes da maioria dos estudantes, que estudam em função de evitá-la.
O ensino tradicional das salas de aula utilizou-se basicamente deste método, colocando o professor como o dono do saber e o aluno um recipiente das informações direcionadas a ele.




ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA




Considera o conhecimento como uma construção contínua, fruto de interações entre os objetos do meio e o sujeito.
Os alunos são vistos como participantes ativos no processo de troca de informação.
Os professores se limitam a definir um grupo de tarefas e colocar a disposição algumas sugestões de conteúdos, mas são os alunos que através de pesquisas e discussões constroem o seu conhecimento. Um processo de educação que parte dos conceitos cognitivistas é aquele que procura provocar nos alunos, constantemente busca de novas soluções, criando situações que exijam o máximo de exploração por parte deles e estimulando as novas estratégias de compreensão da realidade.
Faz uso de trabalhos em grupo, deixando que os alunos se agrupem espontaneamente se guiem por um tema problema de seu real interesse, cooperando entre si.
Quanto ao professor, este evita rotina, e sim, estimula a pesquisa e a autonomia por parte dos alunos, propondo problemas sem ensinar-lhes as soluções.
Atua como coordenador, levando o aluno a trabalhar o mais independente possível. Este método pode ser utilizado na modalidade presencial, muito comum em trabalhos de pesquisa em grupo, feiras de ciências,e na modalidade de EAD baseada na WEB, em que alunos colaboram entre si na construção de seu conhecimento a partir de ambientes educacionais colaborativos e groupeware (software para grupo).

ABORDAGEM TRADICIONAL

A Abordagem Tradicional de ensino não é fundamentada em teorias empiricamente validadas, é fundamentada em uma pratica educativa e na sua transmissão no decorrer dos anos. Portanto trata-se de uma concepção e uma prática educacionais que persistiram ao longo dos anos, em suas diferentes formas e que passaram a fornecer um quadro referencial para todas as demais abordagens que a ela se seguiram.
Ë caracterizada por ser muito rígida e centrada no professor onde o aluno apenas escuta as prescrições que lhes são fornecidas por autoridades exteriores.
Na concepção tradicional, o homem é considerado como um homem acabado, “pronto” e o aluno um “adulto em miniatura” que precisa ser atualizado.
E um tipo de abordagem na qual os padrões são muito respeitados, o que é diferente é muito discriminado, por exemplo: não se aceitava que as crianças escrevessem com a mão esquerda, para se ter uma ideia da discriminação quem não escrevia com a mão direita era chamado de sinistro. Durante as aulas as carteiras deveriam estar sempre em perfeita ordem e bem alinhadas.
Homem: É um receptor passivo das informações que lhes são fornecidas, não tem o direito de se expressar. Para os tradicionalistas o homem é considerado como uma espécie de tabula rasa, na qual são expressas progressivamente, imagens e informações fornecidas pelo ambiente.
O homem era um mero receptáculo de informações.
Mundo: A realidade é algo que será transmitido ao indivíduo principalmente pelo processo de educação formal, além de outra agências, tais como família, Igreja. O mundo nesta abordagem é considerado externo ao indivíduo e este irá se apossando gradativamente de uma compreensão, a medida que se defronta com modelos.
Sociedade - Cultura: Os tipos de sociedade e de cultura podem ser os mais variados na utilização deste tipo de ensino. O objetivo de ensino geralmente está relacionado aos valores culturais da sociedade na qual está inserido. Sendo que os programas educacionais exprimem o nível cultural os quais se deve adquirir na trajetórias da educação formal.
Para facilitar o entendimento pode-se aplicar a expressão educação bancária, que foi proposta por Paulo Freire(1975), que é a tipologia que mais se aproxima do que se entende por ensino nesta abordagem), ou seja, uma educação que se caracteriza por “depositar” no aluno, conhecimentos, informações, dados, fatos, etc.
Pode-se afirmar também que as tendências englobadas por este tipo de abordagem possuem uma visão individualista do processo de educação, não propiciando ao indivíduo liberdade criação.
Conhecimento: Parte-se do pressuposto de que a inteligência, ou qualquer outro nome dado à atividade mental, seja uma faculdade capaz de acumular e armazenar informações. Evidenciasse o caráter cumulativo adquirido pelo indivíduo por meio de transmissão. Além disso existe uma preocupação com o passado que é tido como modelo a ser imitado como lição para o futuro.
Educação: A abordagem tradicional é caracterizada pela concepção de educação como um produto, já que os modelos a serem alcançados são pré estabelecidos. Trata-se, da transmissão de ideias selecionadas e organizadas logicamente.
Este tipo de concepção de educação é encontrado em vários momentos da história permanecendo atualmente sob diferentes formas.
Escola: A ênfase é dada às situações em sala de aula, onde os alunos são “instruídos” e “ensinados” pelo professor.
A maioria das criticas feitas a esse tipo de ensino, é por causa da sua forma de intervenção onde somente o professor tem o direito de faze-la, limitando-se a fornecer receituários.
Professor - Aluno: O papel do professor é basicamente o de transmitir certos conteúdos que são predefinidos e constituem o próprio fim da existência escolar. Pede-se ao aluno a repetição automática dos dados que a escola forneceu ou a exploração intelectual dos mesmos. O professor exerce o papel mediador entre o aluno e os modelos culturais. Simplificando pode-se dizer que o professor é o agente e o aluno o ouvinte.
Metodologia: O professor já traz o conteúdo pronto e o aluno se limita passivamente à escutá-lo. A didática tradicional quase que poderia ser resumida em: “dar a lição” e “tomar a lição”.
A utilização frequente do método expositivo, pelo professor, como forma de transmissão de conteúdo, faz com que muitos concebam o magistério como uma arte centrada no professor.
Avaliação: A avaliação é realizada predominantemente visando a exatidão da reprodução do conteúdo comunicado em sala de aula. Pode ser feita através de chamadas, exames, provas orais, exercícios, 

ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA

Esta abordagem é caracterizada pelo primado do objeto (empirismo). O conhecimento é uma “descoberta” e é nova para quem a faz.
Na abordagem comportamentalista a experiência é a experimentação planejada como base no conhecimento.
Os modelos de ensino são desenvolvidos a partir da análise dos processos por meio dos quais o comportamento humano é modelado e reforçado.
O conteúdo transmitido visa objetivos e habilidades que levam a competência.
 O aluno é considerado como um recipiente de informações e reflexões.
Homem: O homem é consequência das influências ou forças do meio ambiente.
Mundo: A realidade para Skinner é um fenômeno objetivo; o mundo já é construído e o homem é produto do meio. O meio pode ser manipulado, sendo que o comportamento, por sua vez pode ser mudado modificando-se as condições das quais ele é uma função, ou seja, alterando-se os elementos ambientais. O meio seleciona.
Sociedade - Cultura: Para Skinner o ambiente social é o que chamamos de uma cultura, e por sua vez esta é quem da forma e preserva o comportamento dos que nela vivem.
A cultura é entendida como espaço experimental utilizado no estudo do comportamento. É um conjunto de contingências de reforço.
Qualquer ambiente, físico ou social, deve ser avaliado de acordo com seus efeitos sobre a natureza.
Conhecimento: A base do conhecimento é a experiência planejada. Além disso faz-se clara a orientação empirista dessa abordagem: o conhecimento é o resultado direto da experiência.
Educação: A educação, está intimamente ligada a transmissão cultural.
A educação segundo essa abordagem deverá transmitir conhecimentos, assim como comportamentos éticos, práticas sociais, habilidades considerada básicas para a manipulação e controle do mundo/ambiente (cultural, social etc.)
Esse sistema educacional tem como finalidade básica promover mudanças nos indivíduos, que implicam tanto em aquisição de novos comportamentos quanto a modificação de comportamentos já existentes.
Escola: A escola deverá se adaptar de acordo com os comportamentos que se deseja manter . Cabe a ela portanto manter, conservar e em parte modificar os padrões de comportamento aceito como úteis e desejáveis para uma sociedade, considerando-se em determinado contexto cultural.
A escola está ligada a outras agências controladoras da sociedade, do sistema social bem como governo, política, economia, etc.
Ensino - Aprendizagem: Os comportamentos nos alunos serão instalados e mantidos por condicionantes e reforçadores arbitrários tais como: elogios, graus, notas, prêmios, reconhecimentos do mestre e dos colegas, prestígio, etc.
O ensino para Skinner corresponde ao arranjo ou à disposição de contingências para uma aprendizagem eficaz.
Professor - Aluno: Aos educandos caberia o controle do processo de aprendizagem, um controle científico da educação.
Na abordagem comportamentalista o professor teria a responsabilidade de planejar e desenvolver o sistema ensino- aprendizagem, de tal forma que o desempenho do aluno seja maximizado.
O aluno é considerado como um recipiente de informações e reflexões.
Metodologia: É uma categoria inovadora nesta abordagem, pois aqui se incluem a tecnologia educacional, e estratégias de ensino e o reforço no relacionamento professor -aluno.
A instrução individualizada através das máquinas de ensino livraria o professor até certo ponto, e respeitaria as características individuais de cada aluno.
Avaliação: A avaliação na abordagem comportamental consiste em constatar se o aluno aprendeu e atingiu seus objetivos propostos quando o programa foi conduzido até o final de forma adequada.
O ensino “centrado” no aluno é derivado da teoria, também Rogeriana, sobre personalidade e conduta




ABORDAGEM HUMANISTA
Essa abordagem também dá ênfase a relações interpessoais e ao crescimento que desta resulta, centrado no desenvolvimento da personalidade do indivíduo, dos seus processos e organização pessoal da realidade em sua capacidade de atuar como uma pessoa integrada.
Homem: O homem é considerado como uma pessoa situada no mundo. É único, quer em sua vida interior quer em suas percepções e avaliações do mundo.
O objetivo último do ser humano é a auto realização ou uso pleno de suas potencialidade e capacidades.
O homem não nasce com um fim determinado, mas goza de liberdade plena e se apresenta como um projeto permanente e inacabado.
Mundo: É um fenômeno subjetivo, pois o ser humano reconstrói em si o mundo exterior, partindo da sua percepção, recebendo os estímulos, as experiências, atribuindo-lhes significado.
O mundo é algo construído pelo homem diante de si mesmo.
Sociedade-Cultura: A única autoridade necessária aos indivíduos é a de estabelecer qualidade de relacionamento interpessoal.
Conhecimento: A experiência pessoal subjetiva é o fundamento sobre o qual o conhecimento é construído, no decorrer do processo de
Homem: O homem é considerado como uma pessoa integral.











ABORDAGEM SÓCIO-CULTURAL


Tem como principal inspirador Paulo Freire.
Surge em um contexto pós segunda guerra mundial e se liga a problemática da democratização da cultura.
Homem e Mundo: Segundo Paulo Freire, o homem é o sujeito da educação.
Evidência se uma tendência interacionista, já que há interação homem mundo, sujeito objeto, é imprescindível para que o ser humano se desenvolva e se torne sujeito de sua práxis.
O homem chegara a ser sujeito através da reflexão sobre o meio ambiente concreto.
O homem é um ser situado no mundo e com o mundo, portanto não pode ser avaliado sem que seu contexto de inserção no mundo seja avaliado.
Sociedade - Cultura: O homem cria a cultura na medida que vem se integrando nas condições de seu contexto de vida.
A história consiste nas respostas dadas pelo homem à natureza, aos outros homens, às estruturas sociais, e na sua tentativa de ser progressivamente cada vez mais o sujeito de sua práxis, ao responder aos desafios de seu contexto.
Conhecimento: A elaboração e o desenvolvimento do conhecimento estão ligados ao processo de conscientização.
Educação: O homem nessa abordagem é o sujeito da educação pois ela se dá através da reflexão sobre o homem e pela análise do meio de vida desse homem concreto.
O homem não participara ativamente da história, da sociedade, da transformação da realidade, se não tiver condições de tomar consciência da realidade e, mais ainda da sua própria capacidade de transformá-la.
A educação se dá enquanto processo, em um contexto que deve necessariamente ser levado em consideração.
Nessa abordagem a educação é um fator de suma importância na passagem das informações mais primitivas de consciência para a consciência crítica, que por sua vez não é um produto acabado,.
Escola: Para Paulo Freire, a educação assume caráter amplo, não restrita à escola em si e nem em um processo de educação formal. Caso a escola seja considerada, deve ser ela um local onde seja possível o crescimento mútuo, do professor e dos alunos, no processo de conscientização , o que implica uma escola diferente da que se tem atualmente, com seus currículos e prioridades.
Ensino -Aprendizagem: Uma situação de ensino - aprendizagem, entendida em seu sentido global, deverá procurar a superação da relação opressor - oprimido.
Professor- Aluno: A relação professor - é horizontal e não imposta. Para que o processo educacional seja real é necessário que o educador se torne educando e o educado por sua vez , educador.
O homem assumirá posição de sujeito de sua própria educação e, para que isto ocorra, deverá estar conscientizado do processo: é portanto, muito difícil pretender participar de um processo educativo que por sua vez, é processo de conscientização, a menos que seja consciente de si e de tal processo.
Um professor que esteja engajado numa prática transformadora procurará desmistificar e questionar, com o aluno, a cultura dominante, valorizando a linguagem e cultura deste, criando condições para que cada um deles analise seu contexto e produza cultura.
O professor procurará criar condições para que, juntamente com os alunos a consciência ingênua seja superada e que estes possam perceber as contradições da sociedade e grupos em que vivem.
Haverá preocupação com cada aluno em si, com o processo e não com produtos de aprendizagem acadêmica padronizados.
Metodologia: Tema Gerador que objetiva explicitar o pensamento do homem sobre a realidade e a sua ação sobre ela, o que constitui a práxis.
Características básicas: ser ativo; dialógico;










Conclusão

O fundamento da Psicopedagogia é o estudo e atuação junto ao sujeito em processo de aprendizagem. É um campo do conhecimento que se propõe a integrar, de modo coerente, conhecimentos e princípios com a meta de adquirir uma ampla compreensão sobre os variados processos do aprender humano. É uma atividade ampla e complexa, que exige do psicopedagogo conhecimento interdisciplinar que o torna capaz de atuar na compreensão da aprendizagem e do desenvolvimento, contribuindo para que cada um, a partir de sua originalidade, aprenda a ser, a conhecer, a fazer e a conviver.
O Psicopedagogo deve ser um profissional com conhecimentos multidisplinares, pois em um processo de avaliação diagnóstica, é necessário estabelecer e interpretar dados em várias áreas, dentre elas, auditiva, visual, motora,intelectual,cognitiva, acadêmica, e emocional.
O conhecimento destas áreas fará com que o profissional compreenda o quadro diagnóstico do aprendente e favorecerá escolha da metodologia adequada.
Nesta pesquisa, pude constatar que a figura do psicopedagogo, deve estar sempre pronto a entender as dificuldades de aprendizagem, com um amplo conhecimento teórico, muito amor e muito carinho, para estender as mãos e iluminar caminhos do conhecimento.
Os cursos de Psicopedagogia foram surgindo ao longo deste período até os dias atuais e este crescimento não pára de acontecer, o que indica uma grande procura por esta, que pode desbravar caminhos para o conhecimento e superar desafios de aprendizagens.
Para Bossa (2000, p. 30), a psicopedagogia é entendida com uma área de aplicação que antecede o status de área de estudo, delimitar o seu campo de atuação, e para isso, recorrer à Psicologia, Psicanálise e a Pedagogia.

È uma área  de conhecimento multidisciplinar, que   interessa compreender como ocorrem os processos de aprendizagem e entender as possíveis dificuldades, situadas neste movimento, mais importante  interagir e
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Existe em nosso país há 13 anos a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) que dá um norte a essa profissão. Ela é responsável pela organização de eventos, pela publicação de termos relacionados à Psicopedagogia, cadastros dos profissionais.




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